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OpenAI reforça as salvaguardas do ChatGPT para cuidar da saúde mental dos utilizadores

A capacidade dos modelos de inteligência artificial de serem próximos e perspicazes abre oportunidades, mas também exige cautela, uma vez que muitas pessoas os utilizam como ajuda em questões pessoais. É por isso que a OpenAI anunciou um conjunto de medidas para que o ChatGPT gerencie melhor as consultas relacionadas ao bem-estar psicológico e decisões pessoais delicadas. A empresa reconhece que, em situações pontuais, o seu modelo 4o não detetou adequadamente sinais de delírio ou dependência emocional e ressalta que está a aperfeiçoar os seus algoritmos para identificar essas circunstâncias e direcionar o utilizador para recursos baseados em evidências científicas. Entre as novidades, que a OpenAI já começou a implementar no chatbot, os utilizadores receberão lembretes suaves quando uma sessão de conversa se prolongar excessivamente, com o objetivo de incentivar pausas regulares e manter o controlo do tempo que passam a interagir com a ferramenta. Este ajuste será calibrado progressivamente para que seja útil sem interromper a experiência. Outra modificação afetará consultas de alto risco emocional, como a clássica dúvida sentimental sobre se deve terminar um relacionamento. Nessas situações, o sistema evitará emitir um veredicto; em vez disso, convidará o interlocutor a refletir por meio de perguntas, a ponderar vantagens e desvantagens e, quando apropriado, encaminhará o utilizador para ajuda profissional. Esse comportamento será implementado nas próximas semanas. Feito em colaboração com a comunidade médica e académica Para implementar estas alterações, a OpenAI trabalhou com mais de 90 médicos de mais de 30 países — incluindo psiquiatras, pediatras e médicos de família — que contribuíram para conceber rubricas específicas para avaliar conversas complexas e prolongadas. Além disso, investigadores em interação pessoa-computador e profissionais clínicos externos revisaram os métodos de deteção de comportamentos preocupantes e testaram as novas salvaguardas. A empresa também convocou um grupo consultivo permanente formado por especialistas em saúde mental, desenvolvimento juvenil e interação homem-máquina, encarregado de supervisionar a evolução do produto e garantir a alinhamento com as melhores práticas atuais. A OpenAI afirma que continuará a publicar informações à medida que este trabalho avançar. Olhando para o futuro, a empresa mantém o objetivo de que qualquer utilizador que recorra ao ChatGPT num momento difícil obtenha ajuda que tranquilize os seus familiares e amigos. O compromisso, sublinha a OpenAI, passa por ajustar continuamente os modelos com base na utilização real e nas evidências científicas disponíveis.

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Cisco cede o controlo da AGNTCY à Linux Foundation para impulsionar a colaboração entre agentes de IA

A proliferação de agentes de IA, modelos de linguagem capazes de planear e executar tarefas que consistem em várias etapas e envolvem uma série de ações que vão além da mera geração de conteúdo (como navegar na Internet, fazer compras ou tomar determinadas decisões sobre o fluxo da própria tarefa, tudo isso com a supervisão do utilizador), e de várias empresas que os produzem, causa um problema: em ambientes corporativos, precisam colaborar muitas vezes, e não existe um padrão bem definido para que possam fazê-lo, uma vez que cada fornecedor desenvolve os seus próprios protocolos. Como resultado, os agentes de diferentes empresas mal partilham contexto e, portanto, não podem cooperar. É por isso que, ultimamente, surgiram algumas iniciativas que visam, precisamente, facilitar a colaboração e o trabalho em equipa dos agentes inteligentes, sendo o caso da AGNTCY, lançada pela Cisco em março deste ano como um projeto de código aberto, para agora passar a ser gerida pela Linux Foundation para que cresça como um padrão aberto. A visão da Cisco com este projeto tem sido a de uma Internet de agentes que interoperam e colaboram entre si. Para conseguir isso, primeiro os agentes devem saber como se encontrar para dialogar. É por isso que a arquitetura do AGNTCY se baseia em quatro pilares, sendo o primeiro deles a descoberta; graças ao Open Agent Schema Framework, qualquer agente pode detetar e compreender as capacidades de outro. Em seguida, entra em jogo a identidade, com a verificação criptográfica das credenciais, de modo que cada agente atua com permissões definidas, mesmo fora da rede corporativa original. O terceiro pilar, a mensagens, adota o protocolo Secure Low Latency Interactive Messaging (SLIM), capaz de lidar com conteúdo multimodal, intervenções humanas e comunicações preparadas para criptografia pós-quântica. Por fim, a observabilidade oferece métricas de ponta a ponta que ajudam a depurar e avaliar fluxos complexos em ambientes com vários fornecedores. A AGNTCY é interoperável com projetos como Agent2Agent e o Model Context Protocol da Anthropic, o que facilita ambientes multiagentes dinâmicos. Através de diretórios comuns, os agentes registados no A2A ou os servidores MCP podem localizar-se uns aos outros; os SDKs do AGNTCY adicionam rastreabilidade e as mensagens circulam sobre SLIM com baixa latência. O projeto já conta com experiências em produção, desde canalizações de integração contínua impulsionadas por IA até implementações em ambientes de telecomunicações. Para os responsáveis pela tecnologia nas empresas e organizações, isso se traduz em maior confiança operacional e menores custos de integração ao implantar agentes de diferentes fornecedores. Entre as empresas aderentes à iniciativa estão a Red Hat, Dell Technologies, Google Cloud e Oracle, de um total de 65 nomes diferentes. A partir de agora, a Linux Foundation procurará que a sua governação do projeto permita garantir a neutralidade do roteiro e a transparência na tomada de decisões, aspetos que o setor considera fundamentais para evitar que um único fornecedor imponha as suas regras. O código e o roteiro do projeto estão disponíveis no GitHub, e a comunidade é incentivada a envolver-se nos grupos de trabalho.

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Como a IA influencia a transição digital e sustentável das PME europeias

A União Europeia definiu como prioridade a transição dupla (digital e sustentável) para fortalecer a competitividade e a recuperação económica do continente. Neste contexto, as PME – que representam 99% do tecido empresarial europeu – enfrentam o desafio de incorporar soluções de IA enquanto melhoram o seu desempenho ambiental. Quando também integram objetivos sociais (por exemplo, bem-estar no trabalho ou igualdade), fala-se de transição tripla. O que faz com que algumas PME avancem com sucesso nessas transformações simultâneas, enquanto outras não conseguem? Um estudo realizado pelos professores Joan Torrent, da Faculdade de Economia da UOC (Universitat Oberta de Catalunya), e Dolores Añón, do Departamento de Economia Aplicada da Faculdade de Economia da Universitat de València, lança luz sobre as características e condições que mais influenciam esta adoção conjunta de IA e sustentabilidade. Os resultados indicam que as PME de maior dimensão, de crescimento rápido e com finanças sólidas lideram a adoção combinada de IA e práticas sustentáveis. Estas empresas dispõem de maiores recursos para investir em tecnologias emergentes e projetos “verdes”, podendo assumir os riscos associados à inovação sem comprometer a sua viabilidade. Por outro lado, as microempresas com recursos limitados tendem a enfrentar mais e maiores obstáculos para empreender simultaneamente uma transformação digital avançada e melhorias ambientais. Também se destaca a capacidade de inovação e a colaboração como motores da mudança; as PME que já inovam (por exemplo, desenvolvendo novos produtos ou processos) e aquelas com uma cultura de colaboração ativa – seja em redes empresariais, clusters ou projetos de I&D – mostram uma maior propensão para empreender esta dupla transformação. Estar integrado em cadeias de valor globais é outro fator catalisador: as empresas que participam em mercados internacionais estão expostas mais cedo a exigências ambientais mais rigorosas e às últimas tendências digitais, o que as leva a adotar a inteligência artificial e práticas sustentáveis para se manterem competitivas. Partilhar conhecimento em ecossistemas colaborativos (com clientes, fornecedores ou centros tecnológicos) também facilita a implementação de soluções de IA, ao mesmo tempo que são incorporadas medidas de eficiência energética, redução de resíduos ou outras iniciativas ecológicas. A investigação sublinha ainda o papel do fator humano e do ambiente: as características da equipa de gestão das PME influenciam significativamente a decisão de investir em IA e sustentabilidade. Com efeito, os gestores com visão estratégica, mentalidade inovadora e familiaridade com as novas tecnologias tendem a impulsionar com maior determinação estes projetos dentro das suas organizações. Ao mesmo tempo, um ambiente local favorável, com disponibilidade de trabalhadores qualificados em tecnologias digitais e consciência ambiental, constitui um apoio crucial para a transição dupla e tripla. A presença deste talento especializado facilita a adoção de ferramentas de IA (como algoritmos de automação ou análise de dados) e garante que as novas práticas sustentáveis sejam implementadas de forma eficaz. De facto, contar com pessoal formado e sensibilizado facilita a redução da resistência à mudança e potencia os resultados destas iniciativas. Da mesma forma, dispor de um ecossistema de apoio composto por fornecedores tecnológicos, infraestruturas digitais, incentivos públicos e redes de aconselhamento pode abrir caminho para que mais PME integrem a inteligência artificial com critérios de sustentabilidade. No plano geográfico, o estudo reflete importantes disparidades regionais dentro da própria UE; enquanto as PME do norte e do oeste da Europa lideram a adoção da IA juntamente com práticas ambientais e sociais, muitas empresas do sul e do leste estão atrasadas neste aspeto. Estas diferenças explicam-se, em parte, pelas disparidades na infraestrutura digital, na disponibilidade de talentos e no apoio institucional entre regiões. Ou seja, os ambientes mais avançados – com redes de inovação consolidadas, melhor acesso a pessoal qualificado e políticas públicas de promoção da digitalização verde – estão a permitir que as suas PME dêem mais rapidamente o salto para a IA sustentável, em contraste com áreas onde a falta dessas condições retarda o progresso. Em suma, compreender quais fatores impulsionam a transição digital e sustentável nas PMEs europeias é fundamental para replicar esses sucessos em maior escala. O perfil das empresas pioneiras é claro: organizações com recursos, visão inovadora, abertura colaborativa e apoio do ambiente. Graças a isso, elas conseguem integrar a inteligência artificial com a sustentabilidade na sua estratégia de negócios. Identificar estas alavancas permite orientar melhor tanto as decisões corporativas como as políticas públicas, com o objetivo de que a dupla transição das PME seja uma realidade em toda a Europa de forma equilibrada e eficaz.

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Google confirma que vai aderir ao Código de Boas Práticas da UE para IA

Numa publicação no seu blog para a Europa, a Google confirmou que vai aderir ao Código de Boas Práticas para Sistemas de IA de Propósito Geral que está a ser finalizado pela União Europeia, e sobre o qual já falámos em ocasiões anteriores. O compromisso coloca-a ao lado de outras organizações — incluindo várias americanas — que desenvolvem modelos de inteligência artificial e que, com esta adesão, pretendem garantir aos cidadãos e às empresas europeias um acesso precoce e seguro a ferramentas de IA de qualidade, segundo afirma a direção da empresa. O texto, ainda numa versão final de trabalho, é apresentado como um guia voluntário enquanto entram em vigor os regulamentos obrigatórios da Lei de Inteligência Artificial. De acordo com estimativas citadas pelo Google, uma adoção rápida e em grande escala dessas tecnologias poderia trazer até 1,4 biliões de euros ao produto interno bruto europeu em 2034, o que equivale a um crescimento anual de 8%. Preocupações com o impacto regulatório Embora a versão mais recente do Código reflita, segundo a empresa, uma maior sensibilidade em relação aos objetivos de inovação e competitividade do continente, persistem preocupações, apontando que certos requisitos poderiam retardar a aprovação de novos modelos, afastar-se do atual quadro de direitos de autor ou expor segredos comerciais, o que, por sua vez, limitaria o desenvolvimento local da IA e enfraqueceria a posição da Europa face a outras regiões do mundo. Para mitigar esses riscos, a Google oferece-se para colaborar estreitamente com o futuro Gabinete de Inteligência Artificial da UE, com o objetivo declarado de contribuir para que o Código mantenha uma proporção adequada entre proteção e dinamismo, de modo a fomentar o investimento e a inovação em benefício de todo o tecido empresarial europeu. Neste contexto, a mensagem da empresa centra-se na necessidade de uma abordagem «pró-inovação» que combine segurança jurídica com agilidade, para não travar a implementação de soluções baseadas na inteligência artificial.

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Portugal pode destacar na revolução da IA com nova iniciativa global da Deloitte

Esta nova iniciativa da consultora multinacional surge como resposta à necessidade crescente de soluções automatizadas, mas também inteligentes, capazes de operar de forma autónoma e integrada nas estruturas das organizações. Falamos de agentes de IA — sistemas capazes de executar tarefas que até agora estavam reservadas aos humanos, com capacidade de aprender, raciocinar, adaptar-se e até colaborar com outros agentes ou pessoas. E é nesta vanguarda que a Deloitte aposta com convicção. A Global Agentic Network assenta num ecossistema tecnológico distribuído por várias regiões do globo, apoiado em centros de excelência que desenvolvem soluções baseadas em IA generativa e tecnologias avançadas de automação inteligente. Esta rede tem como objetivo último potenciar o desempenho das empresas, otimizando processos, decisões e fluxos de trabalho com uma autonomia sem precedentes. “Estamos a viver um momento extraordinário em que a inteligência artificial começa a colmatar o espaço entre a simples automação e a verdadeira autonomia. Esta rede vai permitir que as empresas integrem agentes de IA nos seus processos de forma acelerada, segura e com impacto real”, afirma Hervé Silva, Lead Partner de AI & Data da Deloitte, sublinhando o papel de Portugal como peça-chave neste projeto. Portugal na linha da frente É em solo nacional que se desenha uma parte significativa do futuro desta transformação. Portugal não é apenas um dos polos desta rede — é líder na conceção e implementação das soluções de Agentic AI. Através de uma equipa multidisciplinar, a Deloitte Portugal está a desenvolver tecnologias que irão ser utilizadas em várias geografias, afirmando o país como centro de inovação em IA a nível europeu e mundial. A importância estratégica de Portugal na rede é reforçada com a liderança da GenAI Factory, uma unidade especializada em desenvolver e acelerar soluções de IA generativa. Este centro, sediado em Lisboa, tem vindo a ganhar tração na criação de soluções concretas para os setores da saúde, finanças, retalho e energia, entre outros. Um novo paradigma nos serviços profissionais Para lá do impacto tecnológico, a Global Agentic Network representa uma mudança de paradigma na própria natureza dos serviços profissionais. A Deloitte pretende transformar o modelo tradicional de consultoria, integrando conhecimento de domínio diretamente em agentes de IA capazes de agir com autonomia e precisão. A plataforma Zora AI, por exemplo, será um dos pilares desta transformação, ao permitir a operação de agentes virtuais especializados em tarefas empresariais complexas. Ao dotar estes agentes de capacidades de percepção e raciocínio, a consultora abre a porta a um novo tipo de prestação de serviços — mais ágil, mais personalizada e, acima de tudo, mais eficiente. É uma promessa ambiciosa, mas ancorada em anos de investigação, experiência setorial e, agora, uma rede global que interliga conhecimento humano com o poder da IA. Um futuro com voz portuguesa No meio de todos as questões éticas, laborais e sociais, que a IA esta a levantar em todo o mundo, a Global Agentic Network posiciona-se como uma iniciativa com o potencial de humanizar a tecnologia através da sua aplicação responsável e orientada por valor. Portugal, com a sua capacidade técnica, talento digital e visão estratégica, tem agora a oportunidade de não apenas acompanhar esta revolução, mas de liderá-la.

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IA embarca na missão mais urgente do planeta: salvar os oceanos

Nas águas remotas do Pacífico, onde o azul profundo deveria contar histórias de vastidão e vida, flutua uma das maiores cicatrizes do nosso tempo: a Grande Mancha de Lixo do Pacífico (GPGP), um remoinho de resíduos plásticos que simboliza décadas de descuido e consumo desenfreado. É aqui que a missão da The Ocean Cleanup, uma organização sem fins lucrativos liderada pelo jovem engenheiro neerlandês Boyan Slat, se torna urgente – e, agora, mais poderosa do que nunca, graças a uma aliança estratégica com a Amazon Web Services (AWS). Desde a sua fundação, a The Ocean Cleanup tem procurado reverter os danos causados por milhões de toneladas de plásticos flutuantes que ameaçam não só a vida marinha, mas também a capacidade reguladora do oceano sobre o clima do planeta. Remover 90% do plástico flutuante nos oceanos até 2040 é a meta da organização. Uma meta ousada, que exige mais do que redes e barcos – exige dados, previsões, precisão. Exige tecnologia. Graças à colaboração com a AWS, a organização está a integrar sistemas avançados de inteligência artificial, machine learning e computação na cloud nas suas operações oceânicas. Com o objetivo de encontrar e extrair os fragmentos de plástico mais difíceis de rastrear, muitas vezes dispersos e quase invisíveis à vista humana, mas devastadores no seu impacto ecológico. “A poluição por plástico representa um dos desafios ambientais mais urgentes do nosso tempo”, diz Werner Vogels, CTO da Amazon.com. “Esta colaboração estabelece a cloud e a inteligência artificial enquanto ferramentas poderosas para a gestão ambiental.” Através de uma nova plataforma de IA desenvolvida com o apoio da AWS, a The Ocean Cleanup poderá agora identificar os chamados “hotspots” – zonas de acumulação de resíduos – com uma precisão até agora impossível. Drones, sensores flutuantes, satélites e dispositivos IoT trabalham em conjunto para mapear o movimento dos resíduos plásticos e prever os seus fluxos com dias de antecedência. É o nascimento de um sistema de “navegação de plásticos” que transforma a incerteza caótica dos oceanos num puzzle com peças que se encaixam com lógica matemática. Esta inovação é mais do que um avanço técnico – é uma mudança de paradigma na luta contra a poluição marinha. Desde o início da sua operação, a The Ocean Cleanup já recolheu 29 mil toneladas de lixo marinho. Mas o próximo capítulo será escrito com algoritmos e servidores, e promete ser muito mais rápido. E há ainda outra frente nesta batalha: a proteção da vida marinha. Tradicionalmente, as operações de limpeza requerem observadores humanos para garantir que espécies protegidas não sejam afetadas pelas embarcações. Com os novos sistemas automatizados, impulsionados por IA, a The Ocean Cleanup consegue monitorizar em tempo real a presença de animais marinhos, reduzindo custos e aumentando a segurança ambiental das operações. “A inovação e a tecnologia de ponta sempre estiveram no centro da nossa visão”, afirma Boyan Slat. “Graças a esta colaboração com a AWS, vamos localizar melhor os pontos críticos de poluição, otimizar as nossas operações de limpeza e proteger os ecossistemas marinhos.” Há algo de profundamente simbólico nesta parceria entre engenheiros, cientistas e tecnólogos: um reconhecimento de que as soluções para os problemas do século XXI não podem ignorar a dimensão digital. A computação na cloud e a inteligência artificial, tantas vezes associadas a aplicações empresariais, entram agora no campo da regeneração ecológica global. O sucesso não será medido em linhas de código, mas sim em quilogramas de plástico removido, em espécies salvas, em oceanos menos turvos. Esta colaboração é um lembrete de que a tecnologia, quando aplicada com propósito e urgência, pode ser mais do que uma ferramenta – pode ser um catalisador para um futuro mais limpo e justo. Enquanto o mundo continua a debater os caminhos para a sustentabilidade, a The Ocean Cleanup e a AWS mostram que agir, com inteligência e intenção, ainda é possível. E, para os oceanos, essa ação não podia chegar em melhor hora.

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CloudMatrix 384 da Huawei desafia poder da Nvidia

O palco foi a World Artificial Intelligence Conference (WAIC), uma vitrine para as ambições da China em se tornar líder global na corrida à IA. No meio de stands apinhados e olhares curiosos, foi junto ao espaço da Huawei que se concentrou uma parte significativa do burburinho. A razão? Um sistema que, segundo analistas da indústria, poderá ser a primeira verdadeira resposta chinesa ao domínio da Nvidia no segmento de sistemas de alto desempenho para inteligência artificial. Apresentado pela primeira vez em abril, o CloudMatrix 384 é mais do que uma nova peça de hardware. É uma afirmação geopolítica, um marco na resiliência tecnológica da Huawei perante as restrições impostas pelos Estados Unidos — e uma mensagem clara: a China quer, e pode, liderar a próxima vaga de inovação digital. O CloudMatrix 384 integra 384 chips Ascend 910C, a mais recente geração desenvolvida pela própria Huawei. O sistema rivaliza com o GB200 NVL72 da Nvidia — considerado até agora o expoente máximo do mercado — que opera com 72 unidades do chip B200. A superioridade do sistema chinês, dizem os especialistas, reside não tanto na potência de cada chip individual, mas sim na sofisticação da sua arquitetura “supernode”, capaz de interligar os componentes a velocidades ultrarrápidas. Apesar do entusiasmo, os representantes da Huawei recusaram comentar o produto durante o evento. Também a porta-voz oficial da empresa optou por não responder às questões colocadas pela imprensa internacional. O silêncio, no entanto, não diminui o impacto da revelação. Em junho, o CEO da Huawei Cloud, Zhang Pingan, anunciou que o CloudMatrix 384 já estava operacional na infraestrutura da nuvem da empresa. Um sinal de que a tecnologia não é apenas um protótipo de feira — está pronta para escalar, crescer e competir. Com ascensão da inteligência artificial a nova fronteira do poder económico, tecnológico e até militar, a Huawei mostra que não está disposta a ficar para trás. A corrida continua — mas a linha de chegada está, cada vez mais, em disputa. Com informação Reuters

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China propõe nova organização global para cooperação em Inteligência Artificial

A proposta foi anunciada pelo primeiro-ministro chinês, Li Qiang, durante a Conferência Mundial de Inteligência Artificial (WAIC), em Xangai, um evento que reuniu líderes da indústria, investigadores e decisores políticos num momento de intensificação da rivalidade tecnológica entre as duas maiores economias do mundo. Um apelo por inclusão e partilha Sem mencionar diretamente os Estados Unidos, Li Qiang alertou contra o risco de a IA se tornar “um jogo exclusivo de poucos países e empresas”, e apelou, citado pela Reuters, a uma governação global mais coordenada e inclusiva. “A tecnologia de IA não deve ser propriedade de uma elite. Deve estar ao serviço da humanidade como um todo”, afirmou perante uma audiência composta por representantes de mais de 30 países. A proposta chinesa não é apenas simbólica. Pequim quer sediar esta futura organização em Xangai e promete partilhar com outros países, especialmente do chamado Sul Global — que engloba nações em desenvolvimento e emergentes — os seus avanços, produtos e experiência no desenvolvimento de IA. A China quer liderar uma nova ordem multilateral no domínio da inteligência artificial. Fragmentação regulatória preocupa LI Li, citado pela Reuters, sublinhou que a governação da IA a nível global permanece “fragmentada”, com “grandes diferenças” entre países no que diz respeito a regras institucionais e conceitos regulatórios. Acrescentou que gargalos como a escassez de chips de alto desempenho e restrições à mobilidade de talentos dificultam a cooperação internacional. A ação proposta por Pequim inclui um plano publicado online pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, que convida governos, organizações internacionais, empresas e centros de investigação a colaborarem numa comunidade de código aberto transfronteiriça. A iniciativa chinesa surge dias depois de a administração norte-americana, liderada por Donald Trump, ter divulgado um novo plano estratégico para a IA, com o objetivo de reforçar as exportações de tecnologia para aliados e garantir a supremacia dos EUA nesta área crítica. Washington, que já impôs severas restrições à exportação de chips avançados e equipamentos de fabrico para a China — nomeadamente os da Nvidia —, receia que os avanços chineses em IA possam reforçar as suas capacidades militares. Apesar das sanções, a China continua a fazer progressos significativos no desenvolvimento de modelos de linguagem, robôs inteligentes e aplicações empresariais, suscitando preocupação entre os responsáveis norte-americanos. A edição deste ano da WAIC, realizada num ambiente de crescente tensão tecnológica, contou com a presença de mais de 800 empresas e a apresentação de mais de 3.000 produtos de alta tecnologia, entre os quais 40 modelos de linguagem de grande escala, 50 dispositivos com IA integrada e 60 robôs inteligentes. O certame destaca sobretudo o ecossistema chinês de inovação, com a participação de gigantes como Huawei e Alibaba, bem como startups como a Unitree, especializada em robôs humanoides. Marcaram também presença nomes ocidentais de peso, como Tesla, Alphabet (Google) e Amazon. Um novo multilateralismo tecnológico? A proposta de uma nova organização internacional liderada pela China pode ser vista como um esforço estratégico para reposicionar o país como defensor de um “multilateralismo digital” inclusivo — uma visão em contraste com o que Pequim considera ser uma abordagem norte-americana cada vez mais protecionista e centrada em alianças exclusivas. A batalha pelo futuro da inteligência artificial não se trava apenas nos laboratórios ou nos mercados. É também uma luta pela definição das regras do jogo, da partilha de benefícios e do poder no século XXI. E, se depender da China, esse jogo não será jogado apenas por uns poucos.

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Investigadores da NOVA FCT conquistam segundo lugar em desafio global da Amazon

Num palco onde se mede o futuro da inteligência artificial com a régua da segurança e da inovação, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa (NOVA FCT) reafirmou, uma vez mais, a excelência do seu trabalho. A equipa portuguesa Team RedTWIZ, liderada pelos investigadores David Semedo e João Magalhães, conquistou o segundo lugar na final do Amazon Nova AI Challenge, arrecadando um prémio de 100 mil dólares e o reconhecimento internacional pelo rigor científico e criatividade tecnológica. Lançado em janeiro de 2025, o Amazon Nova AI Challenge é uma competição universitária inédita, promovida pela gigante tecnológica norte-americana, que propôs a um conjunto restrito de dez universidades de topo um desafio complexo e urgente: desenvolver soluções de IA Generativa — baseadas em grandes modelos de linguagem (LLMs) — capazes de resistir a ataques cibernéticos sofisticados. A iniciativa surge num contexto global marcado pela crescente adoção de assistentes de programação baseados em IA e pela preocupação crescente com a sua segurança e fiabilidade. A final, disputada nos dias 26 e 27 de junho, em Santa Clara, Califórnia, colocou frente a frente quatro equipas finalistas, incluindo a da NOVA FCT, num torneio técnico concebido para simular cenários adversos e testar a robustez dos modelos em ambientes de elevado risco digital. Num verdadeiro stress test à segurança algorítmica, bots concorrentes procuraram vulnerabilidades em tempo real, forçando as soluções a demonstrar resiliência e adaptabilidade. O desempenho português não passou despercebido. A Team RedTWIZ, composta por uma dezena de estudantes e investigadores — entre eles Diogo Silva (team leader), Rafael Ferreira, Diogo Tavares, João Soares, Artur Horal, Iago Paulo, Daniel Pina e Henrique Paz — destacou-se não apenas pela qualidade do código apresentado, mas pela abordagem inovadora no equilíbrio entre funcionalidade e segurança. “A conquista da segunda posição numa competição internacional que reúne um conjunto de universidades de destaque mundial nas áreas do desenvolvimento científico e tecnológico, vem reforçar a qualidade da nossa investigação científica e da inovação demonstrada pelos nossos alunos”, sublinha João Magalhães, um dos mentores da equipa da NOVA FCT, evidenciando a maturidade crescente do ecossistema académico português no domínio da inteligência artificial. O primeiro lugar foi partilhado entre as equipas PurpCorn-PLAN, da University of Illinois Urbana-Champaign, e PurCL, da Purdue University, que receberam 250 mil dólares cada. Tal como a NOVA FCT, a Team AlquistCoder, da Czech Technical University, também conquistou o segundo lugar. A participação de todas as equipas foi apoiada por uma bolsa inicial de 200 mil dólares, destinada ao desenvolvimento das suas soluções ao longo de vários meses. Entre as conclusões destacadas pela Amazon, a primeira edição do desafio evidenciou avanços significativos na forma como a segurança pode ser integrada no design de sistemas de IA generativa. Foi particularmente relevante a demonstração de que a criação de dados sintéticos pode reforçar a capacidade de treino dos modelos e que o uso de cenários realistas é indispensável para o desenvolvimento ético e responsável desta tecnologia emergente. Este não é um feito isolado para a NOVA FCT. Pelo terceiro ano consecutivo, a faculdade posiciona-se entre os dois primeiros lugares em desafios promovidos pela Amazon. Em 2023, a equipa portuguesa foi a grande vencedora do Alexa Prize TaskBot Challenge 2, arrecadando 500 mil dólares, e consolidando a reputação da instituição como um dos polos mais dinâmicos da investigação em inteligência artificial a nível europeu. IA generativa está a moldar o futuro das interações digitais, e a participação da NOVA FCT neste desafio representa mais do que uma distinção académica: é um sinal de que o conhecimento desenvolvido em Portugal está não apenas a acompanhar o ritmo global, mas a definir caminhos seguros e eficazes para a tecnologia do amanhã.

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IA para detetar sinais precoces de demência e Parkinson protege uma sociedade cada vez mais envelhecida

Esta colaboração enquadra-se na estratégia Fujitsu Uvance, que visa aplicar dados e inteligência artificial a problemas sociais e criar um ecossistema de parceiros com objetivos comuns em saúde e bem-estar. Os primeiros testes serão realizados na residência do Hospital de Veteranos de Taipéi, utilizando câmaras e telemóveis para registar movimentos quotidianos. Estes registos incluem ações como levantar-se, sentar-se ou caminhar, que são posteriormente comparados com padrões característicos de pacientes com demência. A Acer Medical prevê introduzir a solução em centros de cuidados a idosos em Taiwan no final de 2025. O Dr. Allen Lien, presidente da Acer Medical, comenta: “Esta colaboração combina a experiência tecnológica e clínica de Taiwan e do Japão, respondendo à crescente procura por medicina preventiva e cuidados de saúde inteligentes em sociedades em envelhecimento. A Acer Medical continuará a aperfeiçoar a experiência do utilizador, recolhendo ativamente os comentários dos profissionais de saúde e prestadores de cuidados, com o objetivo de melhorar a praticabilidade e a escalabilidade da solução global”. A tecnologia baseia-se no reconhecimento esquelético de alta precisão da Fujitsu, capaz de analisar vídeos gravados com smartphones graças a um modelo 3D transferido para um motor 2D. Algoritmos de correção patenteados reduzem a flutuação no reconhecimento de posturas e a geração fotorrealista de dados encurta os períodos de treino dos modelos, que passam de meses para horas. Se o sistema deteta desvios em relação aos padrões estabelecidos, gera um relatório que leva ao encaminhamento do paciente ao médico para um diagnóstico precoce. Os resultados são apresentados aos cuidadores e à equipa de enfermagem num formato compreensível para facilitar a tomada de decisões. A abordagem responde a uma necessidade crescente: o Instituto Nacional de Investigação em Saúde de Taiwan estima que, em 2024, haverá cerca de 350 000 pessoas com mais de 65 anos com demência e que esse número poderá chegar a aproximadamente 680 000 em 2041. A deteção precoce e métodos de rastreio acessíveis visam travar a progressão, reduzir os custos de saúde e melhorar a qualidade de vida. Hidenori Fujiwara, diretor da divisão Human Digital Twin do grupo Global Solution Business da Fujitsu, comenta: “É uma honra que a tecnologia de IA para reconhecimento do esqueleto da Fujitsu possa contribuir para a deteção precoce da demência e da doença de Parkinson através da nossa colaboração com a Acer Medical. Ao combinar a extraordinária experiência e trajetória da Acer Medical no campo da tecnologia de saúde baseada em IA com a nossa tecnologia e conhecimentos em análise do movimento humano com facilidade e alta precisão, criámos uma solução que pode ser implementada a nível mundial. Esta iniciativa está em consonância com a visão da Organização Mundial da Saúde de um «envelhecimento saudável» e o nosso objetivo é aproveitar os conhecimentos adquiridos com a sua implementação em Taiwan para ajudar a enfrentar os desafios que um mundo em envelhecimento enfrenta”. A Acer Medical prevê introduzir a solução em centros de cuidados a idosos em Taiwan no final de 2025 e ambos os parceiros estão a estudar a sua extensão a áreas como a ciência do desporto ou distúrbios neurológicos infantis. Entre as possíveis aplicações futuras, citam-se também a paralisia cerebral e a análise do desempenho desportivo.

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